MEU TIO BÊBADO | PARTE 1

Oi, meu nome é Fernando, e vou contar aqui a história (ou pelo menos o começo dela) de como aconteceu o meu envolvimento com o meu tio, começando pela descrição, eu sou branco, um pouco baixo, tenho 1,68, sou um meio falso magro, tipo um pouco cheinho por causa das pernas grossas e quadril que vieram da minha mãe, cabelo e olhos castanhos, na época do acontecido eu tinha uns 17 anos, mas hoje analisando, percebo sinais do que viria a acontecer desde os 15. Agora falando do meu tio, na época ele tinha por volta de seus 40 anos, branco, cabelo meio encaracoladinho preto, assim como os olhos escuros e barba por fazer, ele sempre foi um cara meio parrudo, não era gordo ou muito barrigudo, mas sempre foi um cara de atributos grossos, pernas grossas, braços e mãos também, ele era alto ,devia ter uns 1,85 acredito eu, seu nome era Hélio.
O ano era 2019, em um final de semana aleatório de julho meus pais decidiram que iriamos passar uns diazinhos na casa dos meus avós (por parte de pai) pois iria ter uma festinha pra comemorar o aniversário da minha avó. Seguimos viagem rumo ao interior, chegando lá, fomos direto para a tal festa, que seria na casa de meus tios, Hélio e Adriana, eu nunca fui próximo deles, sempre morei longe de família em geral, nunca na mesma cidade, pra ver familiar tinha que viajar, então tinha mais proximidade mesmo só com os meus avós, tio e tia apenas cumprimentava, quem conversava mais com eles eram meus pais lógico, até porque na época eu tinha 15 anos, não tava muito preocupado em ficar fazendo sala com parente. A comemoração ocorreu normal, passei a festa inteira meio sozinho pois não tenho primos da minha idade e meu irmão mais novo ficou a noite inteira dando porrada num saco de pancada que tinha o triplo do tamanho dele que havia em um canto da casa, eu lembro de estar bem cabisbaixo aquela noite, meio tristinho, mas sinceramente nem lembro porque. Lá para o final da festa, eu estava sentado em uma mesa sozinho num canto, mexendo no celular, olhando em volta e tirando umas fotos, o jardim da casa estava lindo e tinha uma iluminação verde que me deixou curioso, nisso o meu tio Hélio de repente se aproxima, e senta em uma cadeira na mesinha que eu tava, eu o olho e sento na cadeira a frente, eu não falei absolutamente nada, e ele começou com um papo de que estava me observando a um tempinho já, que eu estava com uma cara triste, e ele estava preocupado pois segundo ele sou um menino bonito para estar triste, no meio desse papo, em algumas falas arrastadas ele disse que sabia que nós nunca fomos próximos e nunca havíamos tido uma conversa e tals, mas que ele se preocupava comigo; eu tava achando tudo muito estranho e logo percebi que ele devia estar bêbado, não apenas pelo copo de cerveja na mão que ele não largava por nada, mas também pela fala enrolada e umas risadinhas de canto de boca de quem esta meio com vergonha, mas ao mesmo tempo tentando disfarçar, a essa altura quem já estava ficando com vergonha era eu, estava apenas concordando com a cabeça e notei de longe o meu pai olhando a situação, acho que meu tio em determinado momento notou também os olhares de meu pai, e falou rindo que ele devia estar achando estranho um "bêbado" (sim, ele mesmo se chamou de bêbado) que nunca tinha conversado comigo antes estar la falando sem parar, pois como disse antes, apesar de ele ser meu tio não somos nada próximos, nunca havíamos nem tido uma conversa, e assim, ele se retirou do nada, rindo; e eu continuei ali sem entender nada, lembro da na época ter mandado vários áudios para o meu grupo de amigos no whatsapp contando como foi bizarro aquilo que tinha acontecido.
Agora o ano é 2021, após aquela interação estranha que tivemos a 2 anos atrás nós nunca mais conversamos, apenas os cumprimentos de sempre em ocasiões que reuniam a família, tudo como sempre foi. Nesse meio tempo meus avós faleceram, e eu em época de vestibular fui fazer uma prova lá na cidade deles, e o único lugar que restou para ficar foi a casa dos meus tios, e então eu fui; até que gostei da ideia, me aproximei muito da minha tia, tínhamos muito em comum, e a casa deles era legal, nada luxuoso, era um casarão antigo, mas era espaçoso, tinha o jardim que eu achava bonito, e uma piscina antiga, porém limpinha, e tinha o meu tio Hélio; eu não tinha exatamente segundas intenções com ele, mas sabia que tinha sentido alguma coisa estranha aquela noite há 2 anos atrás, e imagina que possivelmente ele também teria sentido. Pude conheçe-lo mais naqueles dias, ele foi um cara que nunca teve filhos, o sonho dele era ter um, vi que ele era um cara bem protetor, um homem bem duro eu diria, mas provavelmente pela vida que teve eu deduzo. Uma noite ele me chamou num espaço da casa que era tipo um mezanino que ele usava de escritório, falando que queria conversar comigo, ele usava uma calça tipo de pijama, daquelas mais finas, branca; meu tio se sentou na cadeira de escritório e eu num banquinho de frente pra ele, já estava morrendo por dentro pra saber oque que aquele homem tava querendo falar comigo, e ele simplesmente veio com um papo sem pé nem cabeça sobre como a vida pode ser estressante e umas coisas que eu nem lembro mais, e na verdade nem sei se realmente era uma conversa tão torta assim ou era eu que tava completamente vidrado no meio das pernas dele, ele estava sentado naquela cadeira com as pernas bem abertas, com aquela calça branca, fina, sem cueca, o tecido apertado e tensionado na região pelo fato de ele estar sentado, tava tudo marcando, um saco com bolas grandes e redondas, e oque eu imaginava ser a cabeça do pênis dele apontada para cima, parecia grosso, grande não, mas grosso; eu nem sabia mais oque ele estava falando, entrava por um ouvido e saia pelo outro, eu travava uma guerra comigo mesmo dentro da minha cabeça, de um lado eu falava pra eu eu mesmo para parar de olhar pra não dar bandeira ou ficar estranho não sei, e do outro, eu tava babando de tesão. No meio daquela tensão eu já nem sabia mais oque fazer ou oque pensar, ficava imaginando se ele estava percebendo, e caso estivesse, como seria sua reação; porém de repente, minha tia o grita pra ajudar ela com os canais na televisão da sala, ele resmunga, e fala que depois terminaríamos a conversa.
Após aquela noite pude sentir uma diferença na na tratamento de meu tio comigo, ele começou a ficar bem atencioso, querendo conversar, me falando que eu era importante para ele, quase tanto como um filho (eu sei, isso é meio bizarro mas sinceramente to nem ai), e nessa leva começaram a surgir muitos olhares, notei que eu não era mais o único que o olhava, ele agora em qualquer oportunidade estava lá, com aquele olhar de canto, me seguindo. As vezes eu me pegava fantasiando mil e uma coisas, e ao mesmo tempo pensava que eu devia estar ficando louco, como disse no começo, meu tio esta longe de ser um cara feio, mas ele também não é gato, nem gostoso sinceramente, mas tinha alguma coisa ali, a forma como tudo foi acontecendo, o mistério da coisa, a ânsia de acontecer algo, e a estranheza daquela situação toda, tudo isso acabou me laçando, como se eu estivesse sendo levado sem perceber a uma situação tão plural que nem eu mesmo sabia definir.